Agentes da Polícia Federal e da Receita Federal deflagraram hoje em Mato Grosso do Sul a Operação Sabazius, contra contrabando de bebidas e cumprem mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Ponta Porã expedidos pela Justiça Federal. A ação mira um esquema de obter benefícios fiscais para exportação de cervejas que, em vez serem enviadas ao exterior, eram vendidas no próprio Brasil com sonegação fiscal. A investigação começou em dezembro com a apreensão na BR-060 de um grande carregamento de cerveja que deveria ser destinado à exportação, mas estava sendo transportado de Ponta Porã para Campo Grande, informa a assessoria da PF em MS. O nome da operação faz alusão ao "deus da cevada e da cerveja" da mitologia grega.

Chegou a quatro o número de mortes relacionadas com a síndrome nefroneural causada pelo consumo de cerveja contaminada em Minas Gerais, com mais dois casos, de uma mulher e de um homem de 89 anos, anunciados ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Apenas a morte de Pachoal Dermatini Filho, de 55 anos, está confirmada como intoxicação pelo dietilenoglicol. A confirmação das outras três ainda depende do resultado de análises laboratoriais. Outros 18 casos de intoxicação foram notificados, quatro confirmados e catorze ainda sob investigação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou uma nota informando que identificou a presença de monoetilenoglicol e dietilenoglicol em oito produtos da Cervejaria Backer: as marcas Belorizontina, Capixaba, Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) proibiu a comercialização e o fornecimento de cervejas produzidas pela Backer. A cervejaria apresentou à Justiça um vídeo com um suposto indício de sabotagem nos barris de monoetilenoglicol, substância usada em serpentinas de resfriamento da cervejaria. O vídeo foi anexado ao pedido da Backer para retomar as atividades na empresa.

Cervejas nacionais e importadas vendidas no Brasil passarão a exibir nos rótulos informações sobre os ingredientes usados em sua fabricação, conforme instrução normativa do Ministério da Agricultura publicada ontem no Diário Oficial da União. As empresas terão prazo um ano de prazo para se adequar à nova regra que estabelece a "obrigatoriedade de constar, de modo claro, preciso e ostensivo, na rotulagem de cervejas, as informações que indiquem os ingredientes que compõem o produto, substituindo as expressões genéricas 'cereais não malteados ou maltados' pela especificação dos nomes dos cereais e matérias-primas efetivamente utilizados como adjunto cervejeiro". A portaria prevê ainda que os açúcares usados deverão ter citada a espécie vegetal de origem – caso, por exemplo, do açúcar de cana. (Com Agência Brasil)

Água, malte e lúpulo são os ingredientes da cerveja "Fora Temer" da cervejaria artesanal Latinoamericana, produzida no assentamento Maria Lara, em Centenário do Sul, norte do Paraná. Sem cereais não-maltados como milho e farelo de soja que hoje fazem parte da maioria das cervejas industrializadas no Brasil, a "Fora Temer" foi lançada entre amigos após o impeachment de Dilma há dois anos. Divulga nas redes sociais, recebeu pedidos de outros estados e neste início de semana virou notícia no Estadão de S.Paulo, no blog do Marcelo Rubens Paiva que informa: já existe também a cerveja "Lula Livre" vendida no Bar do Ano, na Savassi, bairro nobre de Belo Horizonte.

Cervejas vendidas no Brasil terão de exibir rótulos com informações sobre seus ingredientes. Em vez da genérica expressão "cereais não malteados/maltados" deverão informar o nome dos cereais e matérias-primas usados no produto. A decisão é do juiz federal Juliano Taveira Bernardes, de Goiás, em ação do Ministério Público Federal. As empresas terão 120 dias para se adequar à nova regra, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. O Ministério da Agricultura terá prazo igual, de 120 dias, para incluir a nova orientação nos procedimentos de fiscalização dos rótulos. Para o juiz, não é suficiente o aviso de que há outros ingredientes na cerveja, além da cevada. "Afinal, quais seriam esses outros ingredientes? Milho, sorgo, soja, arroz, aveia?", questiona. "E se há diferenças de sabor e de custos entre a cevada e os demais cereais admitidos a substituí-la, cabe reservar-se ao consumidor o direito de livre escolha quanto ao(s) tipo(s) de cereal que pretende ingerir", diz a sentença. (Com O Globo)

A Cervejaria Rio Carioca terá de pagar R$ 50 mil, por danos morais, à Cervejaria Petrópolis S/A, que fabrica a cerveja Itaipava por causa de propaganda com os dizeres: "Se não se comportar, Papai Noel vai trazer Itaipava". Além disso, terá de retirar o anúncio de suas redes sociais, de cartazes e vídeos. A decisão de primeira instância foi confirmada, por unanimidade, pela 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. A Cerveja Rio Carioca alegou que atua em ramo diferente, de cervejas artesanais, e que ao se referir à marca da Petrópolis não teve intenção de denegri-la ou causar qualquer dano. Desembargador relator, Augusto Rezende, considerou que as empresas são do mesmo ramo e concorrentes, independentemente do tipo de cerveja que fabricam. "Evidente que a autora sofreu ataque à honra pela menção de sua marca de forma pejorativa, o que abalou sua imagem pública, mormente dada a magnitude do alcance de peças publicitárias divulgadas em redes sociais, o que deve ser levado em consideração para o arbitramento da indenização", afirmou. (Com Migalhas)