O presidente da Federação dos Bancos, Isaac Sidney, e o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que agora é presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), fizeram extensa peregrinação em gabinetes estrelados de Brasília na semana passada para atacar o setor de maquininhas.

Oito em cada dez brasileiras estão endividadas e um terço têm dívidas em atraso, diz o relatório Raio-x dos Brasileiros em Situação de Inadimplência divulgado hoje pelo Instituto Locomotiva. 

As dívidas com cartões e bancos tiveram queda de 1,61% entre agosto e setembro em Mato Grosso do Sul. Em nível de Brasil, o número de inadimplentes teve leve alta de 0,12%, diz o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa.

O uso de cartões de débito e pré-pago, usada por 51,1% para esse fim, foi a forma preferida pelos brasileiros para fazer pagamentos em 2021, seguido pelo uso do Pix (16,2%), débito direto (11,4%), boleto (9,8%), convênios (5,1%), TED (2,1%), transferências intrabancárias (1,8%), e outros (2,5%). Os dados, divulgados ontem (22) pelo Banco Central (BC), não contemplam transações de pagamento com dinheiro em espécie. 

A proposta de uma cobrança de uma taxa de 3% ao mês nas compras parceladas no cartão de crédito, feita pela Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) que está em análise pelo Banco Central, pode inibir o consumo em um período delicado, ainda na chamada zona negativa, alerta o presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo. Conforme a Associação Brasileira de Internet (Abranet), as vendas parceladas sem juros representam mais de 50% das vendas com cartão, totalizando R$ 400 bilhões (7% do PIB). A eventual adoção dos juros, diz a Fecomércio-MS, pode implicar no aumento da inadimplência e no uso de cheques pré-datados que há décadas vêm sendo substituídos pela moeda virtual.