A onda de anulação de sentenças e provas referentes à Lava Jato está trazendo de volta ao cenário eleitoral políticos que foram alvo de investigações por corrupção. Além do ex-presidente Lula, nomes como o do ex-governador do Paraná, Beto Richa; e o do ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves devem voltar a se apresentar aos eleitores em outubro.

O ex-governador Beto Richa (PSDB) voltou a ser preso hoje de manhã em Curitiba, desta vez na Operação Quadro Negro, do Ministério Público do Paraná, que investiga desvio de recursos para construção de escolas no estado. A defesa de Richa diz que a prisão "não traz qualquer fundamento" e que "tratam-se de fatos antigos sobre os quais todos os esclarecimentos necessários já foram feitos". É a terceira prisão de Richa. Na semana passada o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, concedeu um salvo-conduto para impedir a prisão do ex-governador em casos relacionados à Lava Jato. No ano passado, Mendes já havia concedido outro salvo-conduto a Richa, para impedir que ele fosse novamente preso em investigações da Operação Rádio Patrulha, que investiga desvios de dinheiro para obras em estradas rurais do Paraná.

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) voltou a ser preso por agentes da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira em sua casa, em Curitiba, em desdobramento da Operação Integração, que foi a 55ª fase da Lava Jato e investiga concessão de rodovias no estado. Também foi preso o contador da família Richa, Dirceu Pupo Ferreira. As prisões preventivas, sem prazo para acabar, foram determinadas pelo juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, a pedido do Ministério Público Federal, que alega que Richa e Pupo tentaram influenciar depoimentos de testemunhas.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo, mandou nesta sexta-feira soltar o ex-governador e candidato ao Senado pelo Paraná (PSDB), Beto Richa, a ex-primeira dama Fernanda, e mais 13 presos pela Operação Rádio Patrulha, que investiga suposto direcionamento de licitação para beneficiar empresários e o pagamento de propina a agentes públicos no estado vizinho. A defesa alegou que não há motivos para a prisão porque os supostos fatos teriam corrido de 2011 e 2013. A liminar foi enviada ao processo no qual Gilmar Mendes proibiu a condução coercitiva de investigados. Mendes considerou a decretação da prisão é inconstitucional e violou a decisão da Corte sobre a condução coercitiva, e disse que prisões temporárias só podem ocorrer quando forem imprescindíveis para as investigações. (Com Agência Brasil)

O ex-governador e candidato ao Senado pelo Paraná, Beto Richa (PSDB), e a esposa Fernanda, foram presos hoje na Operação "Rádio Patrulha" do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP paranaense em Curitiba, que investiga irregularidades no programa Patrulha do Campo, de seu ex-governo. Também foram presos o irmão do político, Pepe Richa, e ex-secretários. O ex-governador também é alvo da Operação Piloto, 53ª fase da Lava Jato deflagrada hoje pela PF no PR, SP e BA, que apura pagamentos indevidos a agentes públicos e privados no Paraná pela Odebrecht em 2014 relacionados a obra em rodovia.