O Governo do Estado nomeou 532 aprovados nos concursos da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) por meio de decreto publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial do Estado. Também foi ampliado em 110 o número de vagas do concurso da Polícia Civil.

O governador Reinaldo Azambuja entregou hoje ao presidente da Assembleia, deputado Paulo Corrêa, projeto de lei que regulamenta a Polícia Penal em Mato Grosso do Sul.

Agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul passam a ser policiais penais. Na nova carreira, farão a segurança das unidades, escolta e guarda de presos desobrigando a Polícia Militar dessa função, e poderão contar com um grupo especializado de intervenção para situações de conflito. Aprovada pela Assembleia Legislativa e promulgada ontem pelo presidente da Casa, deputado Paulo Corrêa (PSDB), a Emenda Constitucional Nº 88/2019 que cria a Polícia Penal no Estado, antigo sonho da categoria, foi publicada hoje em Diário Oficial.

Proposta que transforma as carreiras de agentes penitenciários e cria as polícias penais federal e estaduais foi aprovada em primeiro turno na Câmara, na noite anterior. Essas polícias terão como competência a segurança de estabelecimentos penais e a escolta de presos. O objetivo da PEC 372/17, de autoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), é liberar policiais civis e militares das atividades de guarda e escolta dos detentos. Agora, a PEC volta à CCJ da Casa para a redação do texto para a votação em segundo turno.

Reivindicando reajustes salariais, policiais militares, civis, bombeiros e agentes penitenciários deflagraram hoje a "Operação Tartaruga" com paralisação parcial dos serviços por 24h até às 8h deste sábado. Pela manhã, em Campo Grande, um grupo marchou da frente do comando da PM até a Governadoria. Policiais civis fizeram ato em frente à Delegacia de Pronto Atendimento ao Cidadão (Depac) do Centro e levaram um bolo ao prédio onde mora o governador, que estava em Brasília. Nas delegacias só casos de flagrantes estão sendo atendidos. "A reivindicação prioritária é a reposição inflacionária de 12 meses, a incorporação de mais de 20% de perdas salariais dos últimos quatro anos", disse à imprensa o representante da União dos Militares Estaduais de MS, coronel Alírio Villasanti. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS), Giancarlo Miranda, disse ao Blog que a categoria está aberta ao diálogo, mas se não for atendida pelo governo existe a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado. Ouça abaixo.