- "Má circulação de ar, carteiras enferrujadas, goteira, sujeira, lama na porta, instalações elétricas que são verdadeiras gambiarras e uso indevido de botijão de gás. Banheiros depredados e sem portas e com apenas uma pia em péssimas condições que expõe as crianças a risco eminente de contaminação e cujo mau cheiro pode ser sentido a 20 metros de distância".

Assim o vereador Paulo Pedra (PDT) descreve a Escola Municipal Ione Catarina Gianotti Igydio, em Campo Grande, onde crianças de duas salas de aula estão sendo obrigadas a estudar em contêineres. Para evitar desmentidos de vereadores da base do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), o ex-líder do alcaide exibiu fotos do estabelecimento na sessão  da Câmara, ontem. Além da gravidade da situação, conforme o vereador as crianças ainda são vítimas de "bullying", sendo alvo de gozação de colegas de outras escolas e até mesmo das salas "normais" do própio estabelecimento da prefeitura. "Peço a Comissão de Educação desta Casa que tome providências. É inadmissível crianças serem discriminadas em relação à outra escola”, afirmou o presidente do PDT local ao lamentar a existência de uma "escola favela" mantida pelo poder público na capital de estado em que, na recente campanha eleitoral de 2008, se apregoava na TV que favelas haviam sido erradicadas.