Por Régis Tadeu, no blog "Na Mira do Régis", no Yahoo!:

"Quem acompanha o meu programa aqui no Yahoo - É Show ou é Fria? – sabe que toda vez que o tal DJ David Guetta aparece no Brasil, eu faço questão de alertar para a verdadeira picaretagem que são suas apresentações.
 
Confesso que ainda fico incrédulo em ver tanta gente desembolsando uma grana alta para assistir a um paspalho agitando os braços e falando umas frases em português ´macarrônico` e fingindo girar botões em seu equipamento, como se realmente estivesse ´discotecando` e não deixando rolar sons previamente gravados em um notebook, pendrive, CD-R ou seja lá o que for.
 
Não serei leviano em afirmar que Guetta sequer é o responsável pelos sons que colocar em seus discos, mas não posso deixar de registrar o quanto a sua postura em cima de um palco é idêntica ao de um animador de aula de aeróbica ao ar livre. E isto tendo a plateia como cúmplice, formada por pseudoplayboys muito mais interessados em ´pegar mulher`, e por garotas que vão lá para ´dançar e beijar muito`. É um sinal inequívoco de que grande parte das pessoas encara um show hoje como um complemento da ´balada`. O importante é estar lá e ser fotografado(a). A música? Ora, a música que se dane...
 
O mais recente exemplo desta picaretagem aconteceu recentemente no show que Guetta fez na quinta-feira passada no centro de Convenções de Recife. Segundo informações de uma pessoa que trabalhou na produção do evento, em um dado momento de sua apresentação o DJ esbarrou em um suposto pendrive que continha o repertório de músicas que ele apresentava, na ordem exata do que rolava no show, sem qualquer interferência ou ´mixagem` de Guetta.
 
Com isto, o pequeno acessório soltou-se o notebook do cara e desapareceu. O som parou e Guetta entrou em desespero perante milhares de pessoas e não teve outra alternativa a não ser voltar para o seu camarim e aguardar que alguém encontrasse o tal pendrive, o que aconteceu vinte minutos depois do vexame." 
 
Veja o vídeo do show do "pen drive" e a íntegra do texto de Régis Tadeu no Yahoo!




Liminares judiciais proibindo "rolezinhos" - encontro de jovens em shoppings marcados por redes sociais - em shoppings de São Paulo geram reações de juristas Brasil afora. Desde de dezembro, em alguns desses encontros foram registrados furtos, tumultos e depredação. Para alguns juristas, enquanto não acontecem atos ilegais, ninguém pode ser proibido de ir e vir. As proibições são vistas como medidas de afastar dos shoppings de luxo jovens da periferia, já que ninguém reclama dos "rolezinhos" de jovens de classe média-alta. Em Mato Grosso do Sul, o deputado federal Fábio Trad (PMDB-MS), que é advogado e presidiu a OAB-MS, alertou hoje que a prática exibe indícios de segregação. 
 
Veja o que escreveu hoje o ‏@f_trad  na rede social:
 
"Custa-me crer que um Juiz de DIREITO tenha lavrado decisão cerceando o direito de ir e vir de pessoas com base em perigo abstrato de lesão. 
Não li o teor da liminar proibitiva do ´rolezinho`, mas a princípio me parece que alberga uma obscena inconstitucionalidade. Apartheid? 
 
Houve um tempo em que pessoas com a Estrela de Davi amarela na roupa também não podiam entrar em lugares abertos ao público... Vigiemos!
 
Hoje, proíbe-se o ´rolezinho` nos shoppings... Amanhã em determinadas praças, ruas, bairros ... Vigiemos a Democracia! Vigiemos! Atenção!
 
Certo, havendo constatação de perturbação à ordem, orquestrada ou não, justifica-se a intervenção.
 
O direito de ir e vir não pode ser condicionado ao estilo de roupa ou vestimenta. Tenho a impressão de que a medida é segregacionista."






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