Meninas de 9 a 15 anos sofrem abusos sexuais por um grupo de pedófilos que seria liderado pelo prefeito Adail Pinheiro (PRP-AM) que está no terceiro mandato em Coari, cidade de 77 mil habitantes às margens do Rio Solimões, no interior do Amazonas, onde se chega por uma viagem de nove horas de lancha. O caso recheado de uma série de denúncias, alvo de investigação do Ministério Público, foi destaque no Fantástico deste domingo.

 

O programa lembra que a história é antiga. Em 2008, Adail patrocinou o desfile de carnaval de uma escola de samba do Rio de Janeiro que levou o nome de Coari para o Sambódromo. Alguns meses meses depois, uma grande operação da Polícia Federal apontava que em cinco anos teriam sido desviados mais de R$ 49 milhões na cidade. Na época, os policiais colheram indícios de que o prefeito chefiava uma rede de exploração sexual que usava servidores para aliciar vítimas.

 

Adail chegou a ser preso. Ficou 63 dias na cadeia, mas foi solto a mando da Justiça. Depois de depor em uma investigação do Senado, foi incluído como suspeito na lista da CPI da exploração sexual infantil da Câmara dos Deputados. Até hoje, denúncias não cessam. Meninas dizem que são obrigadas pelas mães a entregar a virgindidade em troca de dinheiro. “Eu tinha 9 anos. E a minha mãe cozinhava no barco. Eu ficava lá brincando, enquanto minha mãe estava trabalhando. Ele me estuprou dentro do barco mesmo, entendeu. Eu fiquei muito apavorada, com vergonha, nunca consegui colocar isso para fora. Hoje em dia, ele quer a minha filha”, conta uma vítima ao programa. O advogado do prefeito alega que essas notícias são coisas de adversários políticos.

 

Veja essa lastimável história de horrores em vídeo no Fantástico.





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