Famílias expulsas do campo, trabalhadores perdendo emprego, e crianças sem escola lavando carros em semáforos. No final, a tela exibe um alerta contra a volta dos "fantasmas do passado". É o que mostra o vídeo acima que começou a ser veiculado ontem na propaganda do PT. A mensagem do medo foi durante criticada por Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), pré-candidatos para enfrentar a presidente petista Dilma nas eleições deste ano.
 
Em nota, Aécio afirmou:
 
– "É triste ver um partido que não se envergonha de assustar e ameaçar a população para tentar se manter no poder. Esse comercial é o retrato do que o PT se transformou e o espelho do fracasso de um governo que, após 12 anos de mandato, só tem a oferecer medo e insegurança porque perdeu a capacidade de gerar confiança e esperança. Os brasileiros não merecem isso. É um ato de um governo que vive seus estertores”.
 
Depois de reunião do PSB ontem para tratar do assunto, Campos declarou:
 
– "Tentam incutir o medo e o terror contra a mudança de governo. O jogo será muito duro e está só começando, mas estou preparado para enfrentá-lo. Tentam desconstruir não só minha candidatura, mas de toda a oposição".
 
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, rebateu as críticas e aproveitou para reforçar a tese contra o escuro do passado:
 
– "Terrorismo eles é que estão fazendo. Quando dizem que vão reduzir o valor do salário mínimo, acabar com os subsídios do plano safra e do BNDES. Estamos alertando que as mudanças não podem significar uma volta ao passado nem um salto no escuro".
 
Ao divulgar o assunto, o jornal O Globo lembrou que o discurso do medo foi tática usada pelo PSDB em 2002 na campanha de José Serra contra Lula, com a atriz Regina Duarte como protagonista. Na época, o vídeo tucano foi duramente criticado pelos petistas.




 
O debate eleitoral na disputa pelo governo de Mato Grosso do Sul esquentou a sessão de hoje da Assembleia. Os quatro deputados do PT rebateram críticas do pré-candidato Nelsinho Trad (PMDB) à Dilma Rousseff em entrevista à FM Capital, quando declarou que não apoia a reeleição da petista porque ela "não deu bola para os municípios" e classificou a presidente como um "retrocesso".
 
Cabo Almi (PT), da tribuna, afirmou que o ex-prefeito se contradiz porque se anunciava ("segundo ele, porque eu nunca vi fazer nada", frisou) como coordenador de campanha de Dilma no estado na eleição passada "para continuar recebendo recursos federais". Almi disse que Trad ataca porque sua candidatura "não empolgou ninguém neste estado, não se vê ninguém falar do Nelsinho e ele resolve bater na Dilma". Afirmou ainda que a gestão de Trad recebeu milhões em verbas federais e que o dinheiro teria sido mal aplicado. "Dinheiro para enchentes que até hoje não sei o que fizeram com esse dinheiro", questionou. 
 
"CAMISA DO CORINTHIANS E RADINHO" Pedro Kemp (PT) declarou que cansou de ver Nelsinho "bajulando" Dilma e Lula entregando presentes como "camisa do Corinthians" e "radinho" e questionou o uso de verbas federais na gestão do ex-prefeito. "Quem não se lembra que o recurso federal chegava em Campo Grande quando ele era prefeito e o dinheiro ia pro ralo. Dava uma chuva, levava a obra, porcaria que era feita. Dava outra chuva, desmoronava as barragens aqui no córrego Sóter, que inclusive tá sendo discutido na justiça o que foi feito", atacou Kemp. "Quem comparar gestão, vamos comparar", acrescentou, acusando o ex-prefeito de "cuspir no prato que comeu".
 
Amarildo Cruz (PT) acusou o ex-prefeito de "deslealdade" com Dilma e também com  "seu padrinho político, o governador" citando que Nelsinho "faz questão de se diferenciar de André Puccinelli, por ser uma pessoa que concilia e dialoga". E Larte Tetila (PT) reforçou o debate.
 
Marquinhos Trad (PMDB), irmão do prefeito, foi o único a defender Nelsinho. E contra-atacou, sem citar nome, mirando o pré-candidato petista ao governo Delcídio do Amaral. Afirmou que "deslealdade é quem indica um amigo para um alto cargo na Petrobras e depois diz que desconhece". Disse que o senador foi à rádio e fez críticas à presidente e disse que a "candidatura dele é descolada da nacional". Marquinhos chegou a acusar Delcídio, quando presidiu a CPI dos Correios, de "trair" José Dirceu e outros companheiros petistas e de "abandonar o navio" do prefeito cassado Alcides Bernal (PP) "quando estava afundando".
 
VEJA O VÍDEO do debate, acima, postado pelo deputado Amarildo Cruz na internet.
 
LEIA E OUÇA aqui declarações de Nelsinho em entrevista à FM Capital.




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