O Brasil passa a ter agora 32 partidos políticos. Além de confirmar o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) que já tinha maioria dos votos dos ministros (leia aqui), em sessão nesta noite o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por quatro votos a três o registro do Solidariedade. A Corte entendeu que eles coletaram as 492 mil assinaturas necessárias. Com o registro, as duas siglas poderão disputar as eleições de 2014. Como são novos, poderão atrair políticos de outros partidos, sem risco de perda de mandato. Enquanto isso, a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, corre contra o tempo e outros obstáculos para tentar confirmar suas assinaturas. O prazo para o registro termina no dia 5 de outubro, um ano antes das eleições.

ACUSAÇÃO DE FRAUDE Comandado pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, o Solidariedade estava empacado no TSE porque o relator do processo, ministro Henrique Neves, considerava que só 224 mil assinaturas estavam identificadas. Neves foi seguido pelos ministros Luciana Lóssio e Marco Aurélio. Mas Dias Toffoli, João Otávio de Noronha, Laurita Vaz e Cármen Lúcia, presidente do TSE, votaram a favor da criação do Solidariedade, com o argumento de que em julgamentos anteriores não foi exigida a identificação dos eleitores nas certidões dos cartórios. O Ministério Público Eleitoral tentou barrar o registro, após pedir à Polícia Federal para investigar supostas fraudes nas assinaturas, como a de Gladys Pessoa Buarque, mulher do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que, conforme o senador, não assinou nada, embora o nome dela conste na lista.

(Com informações do UOL)