Servidores do Inep, instituto do MEC responsável pelas provas do Enem, por meio da sua associação (Assinep), entregaram à autoridades nesta sexta-feira um documento com denúncias como "possível intervenção e risco ao sigilo" na prova do Enem 2021 marcada para domingo (21) e cita uma "crise sem precedentes, com perseguição aos servidores, assédio moral, uso político-ideológico da instituição pelo MEC e falta de comando técnico no planejamento dos seus principais exames, avaliações e censos", divulgou nesta tarde o site G1. Diz ainda que, desde as eleições presidenciais de 2018, se vê "uma diretriz do presidente da República [Jair Bolsonaro] para indução ideológica no exame, com críticas reiteradas a diversas questões [...]". Os servidores citam declarações de Bolsonaro e do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que disseram que o Enem agora teria "a cara do governo". Ambos negam acesso à prova. Conforme o site G1, o documento foi entregue para a Câmara do Deputados, Senado, Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU), Ouvidoria do Inep e outras entidades.

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