PF prende Henrique Alves, ex-presidente da Câmara e ex-ministro de Michel Temer

Agência Câmara/Arquivo
PF prende Henrique Alves, ex-presidente da Câmara e ex-ministro de Michel Temer
Cunha e Alves na época do poder: ex-presidentes da Câmara na mira da Operação Manus
Mais um figurão da política foi preso hoje, preventivamente, pela Polícia Federal, na Operação Manus, desdobramento da Lava Jato: Henrique Alves (PMDB-RN), ex-presidente da Câmara e ex-ministro de Turismo do governo Michel Temer. Na ação que apura desvio de verba para pagamento de propina na construção da Arena das Dunas, em Natal (RN), também foi preso o secretário de Obras da capital potiguar, Fred Queiroz, e uma ordem de prisão foi expedida contra  Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba. 
 
Em março, a PF revelou que Alves recebu mais de R$ 2 milhões em uma conta na Suiça. O ex-ministro disse que não sabia como o dinheiro havia parado lá. Agora, as apurações indicam que ele emprestou a conta para Cunha receber propina de contratos em obras públicas. O nome da operação, Manus, faz referência ao provérbio latino "Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat" (uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra). 
 
Dono de um dos sobrenomes mais tradicionais da política do Rio Grande do Norte, há quase três anos Henrique Alves tomou uma decisão que mudou seu destino político: após onze mandatos e 44 anos como parlamentar, abriu mão do cargo de deputado federal para disputar o governo de seu estado na certeza da vitória. Mas foi derrotado por Robinson Faria (PSD) no segundo turno. Sem mandato, perdeu o foro privilegiado, com o qual só poderia ter sido preso caso pego em flagrante. E complicou sua situação: Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, declarou ter dado R$ 2 milhões para ajudá-lo na campanha eleitoral, com promessa de vantagens futuras.


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Postado por: Marco Eusébio, 06 Junho 2017 às 11:00 - em: Principal


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