Para Eliana Calmon, Lava Jato não chega ao Judiciário: 'muito difícil investigar juiz'

Reprodução de vídeo
Para Eliana Calmon, Lava Jato não chega ao Judiciário: 'muito difícil investigar juiz'
Eliana Calmon: 'Pra fazer uma investigação financeira de desembargador, quase fui crucificada'

Primeira mulher a integrar o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra aposentada Eliana Calmon não acredita que as investigações da Lava Jato cheguem ao Poder Judiciário. Indagada sobre o assunto, ao participar da XVI Conferência da Advocacia Mineira encerrada no fim de semana, Eliana Calmon afirmou ao site Migalhas jurídicas que integrantes da Força Tarefa da Lava Jato já disseram a ela que "os próprios advogados dos colaboradores não querem que seus clientes falem sobre os juízes". O motivo: "os juízes ficam e o advogado se inutiliza, porque o juiz nunca mais perdoa". Frisando que "é muito difícil punir juiz", Eliana disse que sofreu "horrores" quando era corregedora do Juduciário. "Pra fazer uma investigação financeira de desembargador, quase fui crucificada", ilustrou. Citou ainda que quando tentava investigar magistrados com patrimônios muito acima do que ganham, ouvia de colegas do CNJ: "é inconstitucional investigar juiz". Veja o vídeo.



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Postado por: Marco Eusébio, 12 Março 2018 às 14:00 - em: Principal


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