A carioca Daniella Perissé, de 16 anos, era outra pessoa no Orkut: a "Brócoli", um "fake" com foto da atriz Leighton Meester, a Blair de "Gossip Girl". No site de relacionamentos ela conheceu outro perfil falso: "Dougie Poynter", baixista da banda McFly, de quem é fã. Trocaram mensagens por MSN e Daniella se apaixonou por "Bruno". Revelou sua identidade real em pouco tempo. Mais real foi a decepção ao saber, pouco mais de ano depois, que o "Bruno" por quem estava "xonada" era, na verdade, uma garota paulista de 17 anos, que bem que tentou contar a verdade antes mas Daniela não queria acreditar:

- Fiquei mais de um ano apaixonada pelo Bruno. Ele me entendia, tinha as mesmas brincadeiras que eu, gostava das mesmas músicas, coisas em comum que você encontra num amigo ou num namorado. Com o tempo, ficamos tão próximos que, só pelo modo de escrever, já sabíamos como o outro estava: rindo, chorando, com raiva... - explica Daniella. - No fake, brincávamos de ir ao cinema, sair para comer. Sonhava com o dia em que eu poderia conhecê-lo.

O caso das "fakes" é abordado na matéria "Donos de perfis falsos do Orkut extrapolam na fantasia e arranjam problemas de verdade" do jornalista Lauro Neto que você confere clicando aqui em O Globo.