Visivelmente mais magro do que antes de ser escalado pela TV Globo para o Big Brother Brasil 2017 no início do ano, e ainda sob tensão dos 72 dias de confinamento no BBB, o advogado Ilmar Renato Fonseca, filiado ao PT, confirmou ao Blog neste sábado em Campo Grande: quer disputar um cargo eletivo em Mato Grosso do Sul no ano que vem. "Vou disputar as eleições de 2018!", afirmou.

 

Na entrevista, Ilmar, que saiu da casa do BBB nesta semana mas segue contratato da Globo por seis meses com direito a renovação por mais seis meses conforme as regras do programa, fala da adrelanina da tensão dos quase dois meses e meio confinado que, afirma, continua a mil. "Sinto espasmos", revela. 

 

Militante político, ele admite que buscou visibilidade no reality global. "O objetivo era ficar três semanas na casa e se tornar conhecido". Sobre seu projeto futuro, declarou: "Quero me colocar à disposição do partido porque desde quando entrei lá [no BBB] me posicionei dizendo 'eu sou petista, eu tenho críticas ao PT, mas sou petista'." 

 

Ilmar diz que pretende conversar com lideranças de outros partidos, como o PDT, visando reeditar uma frente política progressita como o "Movimento Muda MS" que que elegeu Zeca do PT governador em 1998, que possa fazer um "grande movimento de transformação da política de Mato Grosso do Sul". E defende a participação de "gente jovem" nesse movimento. 

 

"Eu sou um cara jovem, consigo dialogar com várias frentes políticas em MS, mas o que eu vejo é que as pessoas pensam que a política é uma coisa de velho. Não é", diz o advogado de 38 anos completados no dia 10 de janeiro. O capricorniano cita o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como prova de que "é possível ser jovem e bom político".

 

O ex-BBB fala também sobre um debate na perspectiva econômica e cultural sobre a confusão da confusão do nome de Mato Grosso do Sul com o vizinho Mato Grosso, assunto que levantou em bate-bapo com outros brothers no programa. "Não será um debate ideológico, de como vai ser a sigla do Estado", explica.

 

"Vamos chamar as universidades, a sociedade civil e falar assim: vamos apenas debater, sem paixão, se sou a favor ou se sou contra. Vamos colocar dentro do mapa da racionalidade se é bom ou não é bom para o Mato Grosso do Sul e para o povo de MS. Ponto. Se for bom a gente pensa e faz um plebiscito. Se não for bom, a gente descarta". 

 

Perguntei se pretende disputar uma cadeira de deputado estadual, federal, senador ou de governador, conforme já foi especulado na imprensa de MS. Mamão reforçou que, antes de tomar a decisão, buscará tentar articular "um campo progressista, que dê condições para se construir um debate profundo sobre o Mato Grosso do Sul que temos e o que queremos...". Mas assegurou que será candidato.

 

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