Executivo da Pfizer confirma que governo Bolsonaro ignorou oferta de vacinas

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Executivo da Pfizer confirma que governo Bolsonaro ignorou oferta de vacinas
Gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, na CPI da Covid

O presidente da Pfizer da América Latina e ex-presidente da empresa no Brasil, Carlos Murillo, disse hoje em depoimento na CPI da Covid no Senado que as negociações com o governo brasileiro sobre vacinas contra covid-19 começaram em maio do ano passado e que em agosto foram feitas duas ofertas, uma no dia 14 a outra no dia 26. "Nossa oferta de 26 de agosto tinha uma validade de 15 dias. Passado os 15 dias, o governo brasileiro não rejeitou, mas tampouco aceitou a oferta", afirmou.

"Depois de feitas essas ofertas, data de 12 de setembro, nosso CEO enviou uma carta ao governo do Brasil se oferecendo para um acordo", acrescentou o executivo. Segundo ele, só em 19 de março deste ano foi assinado o primeiro contrato para entrega de 100 milhões de doses.

Ontem na CPI, embora tenha tentando blindar Jair Bolsonaro, o ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, entregou à comissão uma carta enviada pela Pfizer ao presidente e a alguns ministros. Segundo ele, a carta levou dois meses a ser respondida.

Enquanto Wajngarten falava à CPI, Bolsonaro, em evento ontem no Planalto, minimizou erros cometidos pelo seu governo, dizendo que "fez o que pode". "Um governo que também erra. Mas os nossos erros não têm efeito colateral", afirmou.



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Postado por: Marco Eusébio, 13 Maio 2021 às 15:17 - em: Principal


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