Com apoio da maioria, Lira acelera 'PEC da Impunidade' na Câmara
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Criticado por acelerar na Câmara a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade parlamentar, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), diz que o texto que dificulta a prisão e punição de deputados e senadores (leia mais aqui) não é "PEC da Impunidade" como está sendo chamado. Porém, caso as mudanças já estivessem em vigor, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) não poderia ser preso em flagrante, nem a deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de mandar matar o marido, poderia ser afastada do mandato. Apresentada na terça-feira com assinatura de quase 200 deputados do PSDB, PP, Pros, Republicanos, PSL, DEM, PTB, Cidadania, PV, Avante, MDB, Solidariedade e PSD, a PEC decolou: teve sua admissibilidade aprovada ontem por 304 votos a favor, 154 votos contra e duas abstenções; atropelou ritos da Casa e nem foi analisada pela CCJ, seguiu à comissão especial e deve passar ainda hoje pelo primeiro turno de votação (leia mais aqui no site Congresso em Foco). Lira e aliados defendem a proposta usando a velha alegação de preservar a democracia para que parlamentares possam "defender a sociedade e o povo sem sofrer retaliações".
Proteger o mandato é garantir que os parlamentares possam enfrentar interesses econômicos poderosos ou votar leis contra organizações criminosas perigosas, tendo a garantia de poder defender a sociedade e o povo sem sofrer retaliações.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) February 24, 2021
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Postado por: Marco Eusébio, 25 Fevereiro 2021 às 10:00 - em: Principal