Azambuja chora e diz que vai 'até o fim' para provar que não levou propina da JBS

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Azambuja chora e diz que vai 'até o fim' para provar que não levou propina da JBS
Azambuja chegou a chorar na coletiva e afirmou ir 'até o fim' para provar que delação contra ele 'é mentira'
Ao declarar hoje em coletiva à imprensa que vai "até o fim" para provar que as acusações dos delatores da JBS contra ele são mentira, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) terá de correr contra o tempo. Nas eleições do ano que vem ele deve disputar a reeleição e seus adversários políticos, de olho no governo, já estão usando a delação contra ele.
 
Diante de especulações, a coletiva foi convocada para falar sobre a delação premiada de Wesley Batista, da JBS, que acusou ele e os ex-governadores Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) de cobrarem quantias milionárias "por fora" para conceder isenções fiscais aos frigoríficos do grupo em Mato Grosso do Sul. Conforme a denúncia, o tucano teria levado R$ 45.631.696,03. 
 
Azambuja lembrou que foi considerado o candidato ao governo mais rico do País, por seu patrimônio de R$ 38,7 milhões em bens declarados à Justiça Eleitoral em 2014. Disse que já foi acusado de enriquecimento ilícito e as denúncias acabaram arquivadas. E chorou ao dizer: "Tudo que eu tenho foi constituído pela minha família, meu avô, meu pai e pela família da minha esposa. Meu patrimônio é resultado do trabalho de pessoas honestas. Não foi tirando nada de ninguém".
 
Reinaldo admitiu encontros com diretores da JBS, inclusive Joesley Batista, como governador, para tratar sobre "investimentos no estado", e, como pecuarista, disse que vendeu gado ao frigorífico em transações legais comprovadas por meio de notas fiscais e GTAs (guias de trânsito animal) a serem apresentadas à Justiça. Frisou que, como governador, reduziu incentivos fiscais concedidos à JBS quase quadruplicando a carga de ICMS paga pelo grupo no estado de R$ 40 milhões em 2014 para mais de R$ 140 milhões neste ano. "Pode ter sido retaliação porque nós não renovamos muitos termos de acordo, não sei o que foi. Acho que foi porque eles tinham que entregar alguém", afirmou.


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Postado por: Marco Eusébio, 22 Maio 2017 às 18:30 - em: Principal


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