Definidas as datas do primeiro e segundo turnos das eleições – 15 e 29 de novembro – a maior interrogação sobre o pleito se espraia pelo território: afinal, para onde irá o voto influenciado pelo novo "coronel", desculpem, o novo corona da política? Há uma teia de circunstâncias a sinalizar a direção dos ventos pandêmicos, em novembro, a partir da hipótese central de que o danado do vírus já estaria dominado pelos avanços medicinais e pela própria imunidade da população. Por isso, qualquer apontamento sobre tendências haverá de considerar o que este analista batiza de Produto Nacional Bruto da Felicidade. Abaixo de 5, a desgraceira será geral, com alto índice de renovação nos perfis dos alcaides. Acima de 5, teremos uma mescla de gente nova, prefeitos reeleitos e até velhos nomes de volta ao palco.
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O Covid-19 deixará um rastro de destruição sobre a Humanidade. Negócios serão aniquilados, empreendimentos deverão ser remodelados, o saber deixará de ganhar valiosos avanços, milhões de crianças perderão tempos preciosos na aprendizagem, a pobreza cobrirá o planeta com sua devastadora capacidade de aumentar as desigualdades sociais, a angústia e a depressão vestirão milhões, senão bilhões, de pessoas com o manto da tristeza. O planeta atrasará em muito seu ritmo de avanços. Há quem faça projeções mais otimistas, como essas que sinalizam descobertas revolucionárias na medicina, com a chegadas das vacinas, a integração solidária entre as Nações no esforço de encontrar armas eficazes para combater as doenças e seus surtos, maiores investimentos em saúde e no bem-estar das pessoas.
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Com a pandemia do novo coronavírus ainda avançando após três meses de isolamento social no Brasil, a sobrevivência de milhares de empresas corre severos riscos. O setor do turismo é um dos mais afetados com esse efeito cascata, que é agravado pela dependência com outras áreas como hotelaria e companhias aéreas, atividades que também estão com a maior parte de suas operações suspensas.
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A administração de um governo passa por cinco fases: a do lançamento, quando o governante toma posse e apresenta seus quadros; a do crescimento, quando os governos formam e ajustam suas estruturas, começam a apresentar programas e ações, em um espaço de seis meses; a de consolidação da imagem, quando os níveis de confiança ganham um patamar de respeito e credibilidade, merecendo os aplausos da sociedade; a do clímax, quando os governos sobem ao cume da louvação, com um grau de avaliação positiva que chega a beirar 70%; por último, a fase do declínio, que mostra administrações sem rumo, desestruturadas, vivendo crises e descendo pelo precipício. O ideal é que um candidato ou governante – em caso de reeleição – viva seu clímax às vésperas do pleito a se realizar, jamais antecipando o momento de declínio.
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O voto, a maior arma de defesa da democracia, está deixando o coração para subir à cabeça. A hipótese pode até parecer estrambótica nesses tempos de intensa polarização, quando o frenesi das emoções parece ganhar de capote para o jogo da razão. Enganam-se, porém, aqueles que imaginam emoção como sinônimo de explosão, catarse, palavras de baixo calão (que passaram a frequentar a linguagem dos governantes), slogans, refrãos, culto aos mitos. Quando alguém, ante uma tragédia como a que estamos vivenciando com a pandemia do Covid-19, diz - “nunca vi tanto desgoverno, não aguento mais, estou arrependido do meu voto na última eleição” - está falando pelo coração ou pela cabeça?
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Basta apurar os sentidos para perceber que há uma nota acima do tom na orquestração da política. O presidente da República tem se comportado como um incontrolável rebelde no uso da liturgia da expressão. Todos os dias recita substantivos ácidos e adjetivos ferinos para animar suas galeras e atacar adversários. Magistrados, de alto coturno, incluindo os que carregam grande bagagem no acervo do Direito, extravasam a linguagem peculiar dos juízes, abrindo polêmica na frente institucional. Dos políticos, então, tanto dos bastiões de defesa do governo quanto das hostes de oposição, o tiroteio do palanque virtual não arrefeceu como seria de esperar nesses tempos de encolhimento pandêmico.
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De onde parte essa onda de fake news, versões, simulações e dissimulações que se espraia pela paisagem no meio da epidemia? Nunca se ouviu um disse me disse tão farto quanto este do repertório de invencionices que usa as redes sociais, gravações e vazamentos de conversas, edição de vídeos, envolvimento de policiais, de juízes e procuradores?
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No chiste atualizado, o venezuelano chega perto de Deus e indaga: por que o Senhor tem sido tão injusto com a Humanidade? Nosso subsolo contém uma das maiores reservas do mundo em petróleo. Temos um herói que dá brilho à nossa história, Simon Bolívar, hoje mera estampa atrás da cadeira de Nicolas Maduro. Padecemos de fome, miséria. Mais 3 milhões de pessoas já fugiram e inflação de 2,5 milhões por cento corrói nossa economia. E agora esse bichinho mortífero de nome estranho, Covid-19.
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O meu tão sonhado 2020 caiu por terra em meio a uma pandemia. Agradeço a Deus por contarmos com pessoas que estão arriscando suas vidas para cuidarem de todos nós. À turma da Linha de Frente, especialmente os médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde, nosso muito obrigado. Também os colaboradores dos mercados, supermercados, açougues, postos de combustíveis, segurança pública, motoristas de aplicativos e tantos outros, nossa gratidão pelo seu honrado serviço profissional em benefício da coletividade. Nossa gratidão a esse exército de homens e mulheres que se expõem para nos salvar, para nos cuidar, evitando o agravamento dessa pandemia que toma conta do país e do mundo.
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O título acima não é meu. É do clássico livro de John Steinbeck, publicado em 1961, um ano antes de ele receber o Prêmio Nobel de Literatura. Que, por sua vez, puxou a expressão da primeira fase da peça Ricardo III, de Shakespeare. Em sua obra, o magistral escritor norte-americano descreve e interpreta o mundo de um homem atormentado pelos dilemas impostos pelo dinheiro e pela moral, o protagonista Ethan Hawley, empregado de uma mercearia, casado, dois filhos, convivendo em uma comunidade de baleeiros, e atormentado pela ideia de melhorar sua vida e a da família. Até onde vão os escrúpulos e a vida digna e honesta quando se trata de conseguir dinheiro? Um ser humano pode suportar a pressão de seu meio social sem romper com a ética da decência?
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